sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Desabafo



Na fila do supermercado, o caixa diz à uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.

- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas umas tantas outras vezes.

Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisávamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nessas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente naqueles dias. Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio, que depois será descartado como?

Na cozinha tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que levam cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisavamos ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam à eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Afiávamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.

Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

Desconheço autoria.

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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Uma história de amor


Há muito tempo atrás, um casal de idosos que não tinha filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito. Eram felizes. Até que um dia...

Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começou a pegar fogo na cozinha e as chamas atingiram todo o seu corpo.

O esposo acordou assustado com os gritos e foi à sua procura; quando a viu coberta pelas chamas, imediatamente tentou ajudá-la. O fogo também atingiu seus braços e, mesmo em chamas, conseguiu apagar o fogo.

Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída. Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.

Após algum tempo, o senhor, menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada. Ainda em seu leito a senhora pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto.

Assim que ele entrou no quarto, ela pergutou:

- Tudo bem com você, meu amor?

- Sim - respondeu ele - pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila, amor, que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.

Então, triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:

"Como Deus é bom, vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro. Deus é tão maravilhoso que não deixou ele me ver assim, como um monstro! Obrigado, Senhor!"

Passado algum tempo e recuperados milagrosamente, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo. O esposo, agradecido por tanto amor, afeto e carinho, todos os dias dizia-lhe: 

- Como eu te amo! Você é linda demais. Saiba que você é e será sempre a mulher da minha vida!

E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer. No dia de seu enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, o marido com os olhos em lágrimas, sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão, beijou-lhe o rosto acariciando sua amada e disse em um tom apaixonante:

- Como você é linda, meu amor, eu te amo muito.

Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo que estava ao seu lado perguntou se o que tinha acontecido era milagre, pois parecia que o velhinho conseguia enxergar sua amada.

O velhinho, olhando nos olhos do amigo, respondeu, com as lágrimas rolando quentes em sua face:

-Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados! Foram os 20 anos mais felizes de minha vida.

E emocionou a todos os que ali estavam presentes...

Desconheço autoria.

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Reflexões


Do mal, muita coisa boa resultou.

Mantendo-me calmo, nada reprimindo, permanecendo atento e aceitando a realidade; vendo as coisas como elas são e não como eu queria que elas fossem... Ao fazer tudo isso, adquiri um conhecimento incomum, assim como poderes invulgares, de uma amplitude que jamais poderia ter imaginado.

Sempre pensara que quando aceitamos as coisas,  elas nos sobrepujam de um modo ou de outro. Resulta que isso não é verdade em absoluto.

É somente aceitando as coisas que podemos assumir uma atitude em relação a elas.  Por isso, tenciono agora fazer o jogo da vida, ser receptivo a tudo que me chegar, bom e mal, sol e sombra, alternando-se eternamente; e, desta forma, aceitar também minha própria natureza, com seus aspectos positivos e negativos. Assim, tudo se torna mais vivo para mim.

Que insensato eu fui! Como me esforcei para forçar todas as coisas a harmonizarem-se com o que eu pensava que devia ser!

Carl Gustav Jung.

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

O que os olhos não vêem, o coração pode sentir


Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto  de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. Sua cama estava junto da única janela do quarto.

O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres, famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus hobbies, onde tinham passado as férias...

E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes nadavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.

Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.

Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que passava, embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.

Dias e semanas passaram...

Uma manhã a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse que sim e fez a troca. Depois de se certificar que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.

Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela, que dava, afinal, para uma alta parede de tijolos.

O homem perguntou, então, à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.

A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez ele quisesse apenas lhe dar coragem...

Desconheço autor.

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Inscrição para uma lareira

 
A vida é um incêndio: nela dançamos, salamandras mágicas.

Que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta?

Em meio aos toros que desabam, cantemos a canção das chamas!

Cantemos a canção da vida, na própria luz consumida...

Mário Quintana.

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Perdas

 
Primeiro: não queremos perder!

É lógico não querer perder. Não deveríamos ter de perder nada: nem saúde, nem afetos, nem pessoas amadas. Mas a realidade é outra: experimentamos uma constante alternância de ganhos e perdas.

Segundo: perder dói mesmo!

Não há como não sofrer. É tolice dizer não sofra, não chore. A dor é importante. O luto também.

Terceiro: precisamos de recursos internos para enfrentar a tragédia e a dor.

A força decisiva terá que vir de nós, de onde foi depositada a nossa bagagem. Lidar com a perda vai depender do que encontrarmos ali.

A tragédia faz emergir forças inimagináveis em algumas pessoas. Por mais devorador que seja, o mesmo sofrimento que derruba faz voltar a crescer.

Quando é hora de sofrer não temos de pedir licença para sentir e esgotar a dor. O luto é necessário, ou a dor ficará soterrada, seu fogo queimando nossas últimas reservas de vitalidade e fechando todas as saídas.

Aprendi que a melhor homenagem que posso fazer a quem se foi é viver como ela gostaria que eu vivesse: bem, integralmente, saudavelmente, com alegrias possíveis e projetos até impossíveis!

Lya Luft.
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sábado, 24 de setembro de 2011

Desnecessidades



 
Algumas vezes, tolamente, fazemos perguntas desnecessárias que servem apenas para ferir um pouco mais o tecido já esgarçado das relações.

Desnecessárias porque inúteis. Desnecessárias porque incapazes de dissolver nuvens, acender lumes, criar laços, desatar nós. Desnecessárias porque aumentam abismos e não inventam pontes. Desnecessárias porque, terra estéril, nenhuma beleza consegue florescer a partir delas. Desnecessárias porque conhecemos as respostas com uma clareza desconcertante.

Tanto, que preferimos não contá-las para nós mesmos por absoluta covardia. Então, perguntamos, desnecessariamente, quem sabe com a esperança de ouvir respostas diferentes das óbvias.

Desnecessárias são perguntas e respostas quando a realidade não precisa de palavras para dizer o que é. Muitas vezes o que de verdade nos falta é a coragem da aceitação. A coragem para admitir que tudo o que foi trocado cumpriu o seu destino da melhor maneira que conseguiu, no tempo que conseguiu, e foi. A coragem para abençoar e simplesmente seguir, coração sem névoa de pergunta, sem névoa de resposta, apenas grato pelo que deu pra ser.

Dor maior que o desapego é viver de mentirinha o que já morreu.

Ana Jácomo.

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O que você vai ser quando crescer



Tive um daqueles momentos felizes e inesperados há algumas semanas.

Estava no quarto trocando a fralda de um dos bebês, quando nossa filha de cinco anos, entrou e pulou na cama ao meu lado.

- Mamãe, o que você quer ser quando crescer? - perguntou.

Achei que ela estava fazendo algum jogo imaginário e, para entrar na brincadeira, respondi:

- Hummm!!! Acho que gostaria de ser mãe quando crescer.

- Você não pode ser isso porque você já é mãe. O que você quer ser quando crescer?

- Está bem, talvez eu seja pastor de igreja quando crescer - respondi a segunda vez.

- Mamãe, não, você já é isso!

- Desculpe-me, querida - eu disse - mas então não estou entendendo o que eu devo dizer.

- Mamãe, só responda o que você quer ser quando crescer. Você pode ser qualquer coisa que quiser!

A esta altura eu estava tão enternecida com a experiência que não pude responder imediatamente. Ela desistiu e saiu do quarto.

Esta experiência, esta minúscula experiência de cinco minutos, tocou fundo dentro de mim. Fiquei emocionada porque, aos olhos jovens de minha filha, eu ainda podia ser qualquer coisa que quisesse ser! Minha idade, minha carreira atual, meus cinco filhos, meu marido, meu diploma, meu mestrado, nada disso tinha importância.

Aos seus olhos jovens eu ainda podia sonhar e tentar alcançar as estrelas. Aos seus olhos jovens meu futuro não havia acabado. Aos seus olhos jovens eu ainda podia ser astronauta, pianista ou até mesmo cantora de ópera, talvez. Sob seu olhar jovem eu ainda tinha que crescer mais e tinha muito "ser” sobrando em minha vida.

A verdadeira beleza daquele encontro com minha filha foi quando eu percebi que, com toda sua honestidade e pureza, ela teria feito a mesma pergunta a seus avós ou a seus bisavós.

Já foi escrito: “A mulher velha que irei me tornar será bastante diferente da mulher que sou agora. Outro eu está começando!”

Então, o que você quer ser quando crescer?

Eliana Martos Miranda Buononato.

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O baile da vida


Os anos passam. As lembranças são eternas, a saudade permanente e nossos olhos em busca de cenas de tempos vividos.

Os anos passam. Vivenciamos lições de vida, aprendemos a vasculhar em nossos guardados do coração e a acariciar lindos momentos que se foram para não mais voltar.

Os anos passam. Crescemos na alma, mas sempre seremos frágeis no amor.

Os anos passam. Muitos virão ou, quem sabe, nossa estada nesta vida seja curta, nada sabemos do amanhã.

Os anos continuam a desfilar na passarela do aprendizado e nós, protagonistas da vida, enfrentamos os momentos que nos fazem infelizes e nos deliciamos com os felizes!

Resumimos que a vida é um grande baile em que almas se encontram, se esbarram, se unem e se separam, cada qual bailando nos conflitos, nas esperanças e nas suavidades de momentos de amor.

De todos os anos que se foram, concluo que viver é ser cada qual, em sua essência adquirida, com todas as adversidades, com as lágrimas derramadas, ainda assim, a alegria de viver é o maior presente embrulhado em papéis de brilhos de momentos.

Desconheço autoria.

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cuidado, frágil!


Uma taça de cristal não pode ser submetida a impactos, senão ela se parte em mil pedacinhos e não há cola, nem liga que a faça igual de novo.

É como prédio demolido, não dá pra reconstruir com os escombros. Assim também são algumas relações humanas. Por isso que é tão importante medir gestos e palavras quando estamos lidando com pessoas. Pessoas têm carências, angústias, pensamentos, sentimentos e sensibilidade.

Não dá prá subir o tom da voz e achar que tudo vai ficar bem. Nem usar de ironia ou ser impaciente. Ignorar ou agir com indiferença é ainda pior.

As relações humanas precisam ser regadas com amor, flexibilidade, atenção, paciência, enfim, cuidado. A verdade deve ser dita, mas o modo como ela é dita também é importante. E que não seja jamais de maneira ríspida ou cruel.

Pense nisso quando uma pessoa estiver na sua frente, confusa ou até um pouco brava, precisando de atenção, de uma resposta, de uma palavra amiga.

Lembre-se que nesta situação você é sempre a mão que pode impedir a queda do cristal.

Pare para pensar:

Todos vivemos sob o mesmo céu, mas ninguém tem o mesmo horizonte!

Konrad Adenauer.

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Se eu soubesse ...


Se algum dia eu soubesse que nunca mais veria você ... eu lhe daria um abraço mais forte. 

Se eu soubesse que seria a última vez a ouvir a sua voz ... eu gravaria cada movimento e cada palavra, para revê-los depois todos os dias.

Se eu soubesse que hoje seria o último dia a compartilhar com você ... o sentiria muito mais intensamente em vez de deixá-lo simplesmente passar.

Sempre acreditamos que haverá o amanhã para corrigir um descuido, para ter uma segunda chance de acertar. Será que haverá uma chance para dizer "posso fazer alguma coisa por você"?

O amanhã não é garantido para ninguém, seja para jovens, ou mais velhos, e hoje pode ser a última chance de abraçarmos aqueles que amamos. Então, se estamos esperando pelo amanhã, por que não agirmos hoje?

Assim, se o amanhã nunca chegar, não teremos arrependimentos de não termos aproveitado um momento para um sorriso, para um abraço, para um beijo por uma gentileza, porque estávamos muito ocupados para dar a alguém o que poderia ser o seu último desejo.

Abracemos hoje aqueles que amamos, dizendo-lhes o quanto nos são raros e que sempre os amamos. Encontremos tempo para dizer: "Desculpe-me", "Perdoe- me", "Obrigado", "Eu perdoo você".

Sempre há tempo para amarmos. E se não houver amanhã, também não haverá remorsos de hoje para carregarmos.

Pense nisso agora!

Desconheço o autor.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Céu e inferno

 
 
Intrigado com algumas coisas que ouviu, o menino perguntou para o avô enquanto caminhavam:

“Vô, no inferno tem passarinho cantando?”
“Inúmeros. A perder de ouvido.”
“Tem flor?”
“Milhares e milhares delas, as mais lindas que podemos imaginar e outras tantas que a gente nem consegue.”
“Tem mar?”
“Muitos. Aliás, praias, conchinhas, ondas e surfistas também.”
“Tem abraço?”
“Dos melhores.”
"E o céu fica todo azulzinho quando faz sol?"
"Fica. Céu assim é tão bonito que chega até a comover, né?"
“As pessoas amam?”
“Amam. Gente é feita pra amar, embora geralmente erre um monte de exercícios enquanto está aprendendo.”
“Tem pipa?”
“À beça.”
“Tem chocolate?”
“É claro! Pode existir algum lugar onde não haja chocolate?”

O menino silenciou por alguns segundos, a expressão dizendo um desconcerto dos grandes, muito maior do que aquele que mostrou no tempo da primeira pergunta.

“Ué, vô, eu não entendo... Ouvi dizer que o inferno é tão ruim!”
“E é.”
“Mas se tem tudo isso...”
“Tem, sim, amado, as mesmas coisas do céu que você imagina estão também no inferno. Todas elas.”
“Então, é tudo igual?”
“Não. A diferença é que no inferno as coisas todas do céu continuam presentes, mas, por temporária impossibilidade, a gente não consegue percebê-las. "

Ana Jácomo.

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domingo, 18 de setembro de 2011

A paz começa com um sorriso


Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. 

A paz começa com um sorriso. Sorria pelo menos cinco vezes por dia para as pessoas a quem você normalmente não daria um sorriso. Faça isso pela paz. 

Irradiemos a paz de Deus e tornemo-nos o reflexo de Sua luz para extinguir no mundo e no coração dos homens toda espécie de ódio e o amor pelo poder. 

Sorria junto com os outros, embora isso nem sempre seja fácil.

Madre Teresa de Caucutá.


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Pra você guardei o amor



Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Nando Reis.



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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A flor


O local estava deserto quando sentei-me para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois tinha a impressão que o mundo estava tentando me afundar. E, se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante chegou perto de mim, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:

- "Veja o que encontrei!"

Na sua mão havia uma flor. E que visão lamentável! Estava murcha, com muitas pétalas caídas...

Querendo ver-me livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e virei-me. Mas ao invés de recuar, ele sentou-se ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:

- "O cheiro é ótimo, e é bonita também! Por isso a peguei. Pegue-a, é sua!"

A flor à minha frente estava morta ou morrendo. Nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá. Então estendi-me para pegá-la e respondi:

- "Era o que eu precisava..."

Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego e que não podia ver o que tinha nas mãos. Senti minha voz sumir. Lágrimas despontaram ao sol, enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.

- "De nada..." – respondeu, sorrindo.

E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia.

Sentado, comecei a pensar como ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho. Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente? Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão...

Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU! E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciar cada segundo que é só meu. Então, levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela flor, e sorri enquanto via aquele garoto com outra flor em suas mãos prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade...

As melhores coisas da vida são vistas com o coração!

Desconheço o autor.
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A aranha


Uma vez um homem estava sendo perseguido por vários malfeitores que queriam matá-lo. O homem, correndo, virou em um atalho que saía da estrada e entrava pelo meio do mato e, no desespero, elevou uma oração a Deus da seguinte maneira:


- Deus Todo Poderoso, fazei com que dois anjos venham do céu e tapem a entrada da trilha para que os bandidos não me matem!


Nesse momento escutou que os homens se aproximavam da trilha onde ele se escondia e viu que na entrada da trilha apareceu uma minúscula aranha. A aranha começou a tecer uma teia na entrada da trilha. O homem se pôs a fazer outra oração, cada vez mais angustiado:


- Senhor, eu vos pedi anjos, não uma aranha! Senhor, por favor, com tua mão poderosa coloca um muro forte na entrada desta trilha, para que os homens não possam entrar e me matar…


Então ele abriu os olhos esperando ver um muro tapando a entrada e viu apenas a aranha tecendo a teia.


Os malfeitores estavam entrando na trilha, na qual ele se encontrava, e ele estava esperando apenas a morte. Quando passaram em frente da trilha o homem escutou:


- Vamos, entremos nesta trilha!


- Não, não está vendo que tem até teia de aranha? Nada entrou por aqui. Continuemos procurando nas próximas trilhas.


Fé é crer no que não se vê, é perseverar diante do impossível. Às vezes pedimos muros para estarmos seguros, mas Deus pede que tenhamos confiança nEle para deixar que Sua Glória se manifeste e faça algo como uma teia, que nos dá a mesma proteção de uma muralha.

Desconheço autoria.

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Não perca seus sonhos de vista



Desde pequena Karina só tinha conhecido uma paixão: dançar e ser uma das principais bailarinas do Ballet Bolshoi. Seus pais haviam desistido de lhe exigir empenho em qualquer outra atividade. Os rapazes já haviam se resignado: o coração de Karina tinha lugar somente para o ballet. Tudo o mais era sacrificado pelo objetivo de um dia tornar-se bailarina do Bolshoi.

Um dia, Karina teve sua grande chance. Conseguiu uma audiência com o diretor master do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a companhia. Nesse dia Karina dançou como se fosse seu último dia na Terra. Colocou tudo o que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único passo.

Ao final, aproximou-se do renomado diretor e perguntou-lhe:

– "Então, o senhor acha que posso me tornar uma grande bailarina?"

Na longa viagem de volta à sua aldeia, Karina, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele “não” deixaria de soar em sua mente.

Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha, ou fazer seu alongamento em frente ao espelho.

Dez anos mais tarde, Karina, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região. Sentou-se bem à frente e notou que o senhor Davidovitch ainda era o diretor master. Após o concerto, aproximou-se dele e contou-lhe o quanto ela queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto lhe doera, anos atrás, ter ouvido dele que ela não seria capaz disso.

– "Mas, minha filha ... - disse o diretor – eu digo isso a todas as aspirantes!"

Com o coração ainda aos saltos, Karina não pôde conter a revolta e a surpresa dizendo:

– "Como o senhor pode cometer uma injustiça dessas? Eu poderia ter sido uma grande bailarina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!"

Havia solidariedade e compreensão na voz do diretor, mas ele não hesitou ao responder:

– "Perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente, se foi capaz de abandonar o seu sonho pela opinião de outra pessoa."

Faz parte da essência humana ter sonhos, tanto quanto faz parte desistir deles. A frustração e a determinação caminham lado a lado e, por vezes, podem chocar-se tão fortemente a ponto de nos derrubar. O importante é nunca permanecer no chão!

Essa é uma velha fábula de um livro da década de 50 chamado Parábolas Eternas. Tais parábolas são eternas porque, tão certo como o sol nascerá todas as manhãs por muitos bilhões de anos, esses sentimentos jamais abandonarão o homem, e quando nossos filhos contarem essa história a seus filhos, eles também entenderão qual foi o intento desse autor.

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quanto você vale?



- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor, sem olhá-lo, disse:

- Sinto muito, meu jovem, mas não posso te ajudar, devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez depois.

E fazendo uma pausa, falou:

- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar.

- C...claro, professor! - Gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse:

- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.

O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.

Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, livrando a preocupação de seu professor, e assim podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse:

- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.

- Importante o que disse, meu jovem! - Contestou, sorridente, o mestre. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.

O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou-o com uma lupa, pesou-o e disse:

- Diga ao seu professor, que se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.

O jovem, surpreso, exclamou:

- 58 moedas de ouro!!!

- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente...

O jovem correu emocionado para a casa do professor para contar o que ocorreu.

- Sente-se, disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:  

- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert. Você achava que qualquer um poderia descobrir o seu verdadeiro valor?

E, dizendo isso, voltou a colocar o anel no dedo.

- Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos e andamos pelos mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Você deve acreditar em si mesmo.

Sempre!

Desconheço autoria.

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Atire a primeira flor



Quando tudo for pedra... atire a primeira flor.

Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo. Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz. Traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada.

Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso. Talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem. Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.

Quando ninguém souber coisa alguma e você souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar. Começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo. Quando alguém estiver angustiado, à procura nem sabendo do que, consulte bem o que se passa. Talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja.

Daí, portanto, você deve ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar que pode ser o único e mais sério ainda talvez o último. Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la. Quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor.

Se a porta estiver fechada, que venha de você a primeira chave. Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção e primeiro abrigo. Se o pão for apenas massa e não estiver cozido, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.

Não atire a primeira pedra em quem erra. De acusadores o mundo está cheio. Nem, por outro lado, aplauda o erro: dentro em pouco a ovação será ensurdecedora. Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu. Sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido, seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém.

Quando tudo for espinho, atire a primeira flor, seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta. Compreendendo que o perdão regenera, que a compreensão edifica, que o auxilio possibilita, que o entendimento reconstrói. 

Atire você, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor...

Rosemary Sadalla

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domingo, 11 de setembro de 2011

Não precisa


Você diz que não precisa
Viver sonhando tanto
Que vivo a fazer
Demais, por você

Diz que não precisa
A cada vez que canto
Uma canção a mais, pra você

(Refrão)
Mas tem que ser assim
Pra ser de coração
Não diga não precisa
Ra Ra Ra
Tem que ser assim
É seu meu coração
Não diga não precisa
Ah ah ah

Eu já sonhei com a vida
Agora vivo um sonho
Mas viver ou sonhar
Com você, tanto faz

Não diga não precisa
Eu digo que é preciso
A gente se amar demais
Nada a mais

(Refrão)
Mas tem que ser assim
Pra ser de coração
Não diga não precisa
Ra Ra Ra
Tem que ser assim
É seu meu coração
Não diga não precisa
Ah ah ah

Paula Fernandes/ Vitor e Léo.



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sábado, 10 de setembro de 2011

Não desista


Quantas vezes estamos tristes, desmotivados, meio perdidos ou até estamos passando por algum período de muito sofrimento. Coisas assim acontecem com todos, mas tenho algo a dizer para você: não desista!

Depois de toda chuva não vem o sol? Depois de toda noite não vem o dia? Motive-se! Seja lá pelo período que você esteja passando agora, as coisas vão melhorar. Sempre melhoram, é só aguardar.

Olhemos para trás e vejamos tudo o que já aconteceu. E se tivéssemos desistido bem no inicio, estariamos onde estamos hoje? Não. Você ganhou o que tem e está aqui hoje porque não desistiu. Então não desista agora, continue em frente.

Peça ajuda a Deus para que lhe guie e dê sabedoria, porque Ele pode te ajudar quando você estiver triste e desmotivado. Peça a Ele para te dar mais força para você aguentar esse período difícil e para que não desista. Vamos, sei que você consegue. Fale com Ele.

Agora levante a cabeça e olhe em frente. Pense em todas as coisas boas que podem acontecer quando o sol brilhar forte novamente. Siga em frente, espere o melhor e não desista. Jamais desista. Sempre adiante.

Rodrigo de Oliveira Lima.

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Talvez



Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.

Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado.

Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Talvez um dia o sol deixe de brilhar. Mas então irei me banhar na chuva.

Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima.

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.

Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei vergonha por esse gesto.

Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.

Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros. Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.

Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.

Talvez algumas pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.

Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música. Mas então farei que a música siga o compasso dos meus passos.

Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris. Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.

Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.

Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.

Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.

Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações. Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira. Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.

Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser. Mas passarei a admirar quem sou. Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.

E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “Ainda não chegou o fim”.

Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.

Sônia Carvalho.

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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A felicidade



A felicidade começa com a fé: na possibilidade da harmonia, na importância dos laços, na força da razão, no poder do sentimento, no sentido da vida, na transcendência e na justiça.

A felicidade realiza-se na ação: na semeadura de sonhos, no desejo com argumentos, na arquitetura de projetos, na paciência do planejamento, no respeito pelas circunstâncias, na humildade diante do inesperado.

A felicidade pressupõe o respeito pela vida, a responsabilidade pelo mundo, a fraternidade universal, a prevalência da verdade, e um reconhecimento sincero da necessidade da pausa entre a colheita e um novo plantio.

A felicidade não é como uma função constante, ou uma utópica planície: como um arquipélago de ilusões, ela vem e vai, conforma-se em picos e vales, atinge máximos e mínimos, sobrevive entre a tempestade e a bonança.

A felicidade não existe senão no encontro com o outro, na fusão de horizontes, no amor e na partilha de sonhos e projetos: como bem disse o poeta, é impossível ser feliz sozinho.


Nilson José Machado.


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Lição dos gansos



Quando um ganso bate as asas, cria um “vácuo” para o pássaro seguinte. Voando numa formação em “V” o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha.

Lição 1: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade podem atingir seus objetivos mais rápido e mais facilmente, pois estão contando com ajuda de outros.

Sempre que um ganso sai de formação sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho e rapidamente retorna ao grupo, aproveitando a “aspiração” da ave imediatamente a sua frente.

Lição 2: Se tivermos sensibilidade aceitaremos a ajuda dos colegas e seremos prestativos com os demais.

Quando o ganso líder se cansa, muda para o final da formação e um outro assume seu lugar, ocupando a posição dianteira.

Lição 3: É preciso acontecer um revezamento das tarefas e compartilhar a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras.

Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente a aumentar a velocidade.

Lição 4: Precisamos assegurar que nossas palavras sejam de incentivo e não desestímulo.

Quando um ganso fica doente, ferido ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim eles retomam o procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás do bando.

Lição 5: O bom senso indica que devemos apoiar nossos colegas nos momentos difíceis.

Desconheço autoria.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O pote vazio


Há muito tempo, na China, vivia um menino chamado Ping, que adorava flores. Tudo o que ele plantava florescia maravilhosamente. Flores, arbustos e até imensas árvores frutíferas desabrochavam como por encanto.

Todos os habitantes do reino também adoravam flores. Eles plantavam flores por toda a parte e o ar do país inteiro era perfumado. O imperador gostava muito de pássaros e outros animais, mas o que ele mais apreciava eram as flores. Todos os dias ele cuidava de seu próprio jardim.

Acontece que o imperador estava muito velho e precisava escolher um sucessor. Quem poderia herdar seu trono? Como fazer essa escolha? Já que gostava muito de flores, o imperador resolveu deixar as flores escolherem.

No dia seguinte ele mandou anunciar que todas as crianças do reino deveriam comparecer ao palácio. Cada uma delas receberia do imperador uma semente especial.

– Quem provar que fez o melhor possível dentro de um ano – ele declarou – será meu sucessor.

A notícia provocou muita agitação. Crianças do país inteiro dirigiram-se ao palácio para pegar suas sementes de flores. Cada um dos pais queria que seu filho fosse escolhido para ser o imperador, e cada uma das crianças tinha a mesma esperança.

Ping recebeu sua semente do imperador e ficou felicíssimo. Tinha certeza de que seria capaz de cultivar a flor mais bonita de todas. Ping encheu o vaso com terra de boa qualidade e plantou a semente com muito cuidado. Todos os dias ele regava o vaso. Mal podia esperar o broto surgir, crescer e depois dar uma linda flor.

Os dias se passaram, mas nada crescia no vaso. Ping começou a ficar preocupado. Pôs terra nova e melhor num vaso maior. Depois transplantou a semente para aquela terra escura e fértil. Esperou mais dois meses e nada aconteceu. Assim se passou o ano inteiro. Chegou a primavera e todas as crianças vestiram suas melhores roupas para irem cumprimentar o imperador.

Então correram ao palácio com suas lindas flores, ansiosas por serem escolhidas. Ping estava com vergonha de seu vaso sem flor. Achou que as outras crianças zombariam dele por que pela primeira vez na vida não tinha conseguido cultivar uma flor. Seu amigo apareceu correndo, trazendo uma planta enorme:

- Ping, disse ele, você vai mesmo se apresentar ao imperador levando um vaso sem flor? Por que não cultivou uma flor bem grande como a minha?

- Eu já cultivei muitas flores melhores do que a sua, disse Ping. - Foi essa semente que não deu nada. O pai de Ping ouviu a conversa e disse:

- Você fez o melhor que pôde, e o possível deve ser apresentado ao imperador.


Ping dirigiu-se ao palácio levando o vaso sem flor.

O imperador estava examinando as flores vagarosamente, uma por uma. Como eram bonitas! Mas o imperador estava muito sério e não dizia uma palavra.

Finalmente chegou a vez de Ping. O menino estava envergonhado, esperando um castigo. O imperador perguntou:

- Por que você trouxe um vaso sem flor? Ping começou a chorar e respondeu:

- Eu plantei a semente que o senhor me deu e a reguei todos os dias, mas ela não brotou. Eu a coloquei num vaso maior com terra melhor, e mesmo assim ela não brotou. Eu cuidei dela o ano todo, mas não deu nada. Por isso hoje eu trouxe um pote vazio. Foi o melhor que eu pude fazer.

Quando o imperador ouviu essas palavras, um sorriso foi se abrindo em seu rosto e ele abraçou Ping. Então ele declarou para todos ouvirem:

- Encontrei! Encontrei alguém que merece ser imperador! Não sei onde vocês conseguiram essas sementes, pois as que eu lhes dei estavam todas queimadas. Nenhuma delas poderia ter brotado. Admiro a coragem de Ping, que apareceu diante de mim trazendo a pura verdade. Vou recompensá-lo e torná-lo imperador deste país.

Desconheço o autor.

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Os dois vasos

 
 
Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.

Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da fonte até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio. Por longo tempo a coisa foi em frente assim, com a senhora que chegava em casa com somente um vaso e meio de água.

Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer. Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota de ser rachado, o vaso falou com a senhora durante o caminho: Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa...

A velhinha sorriu e respondeu: Você reparou que lindas flores tem somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e, portanto, plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todo dia, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.

Cada um de nós tem o próprio defeito. Mas o defeito que cada um de nós tem é que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que tem de bom nele.

Desconheço autoria.

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domingo, 4 de setembro de 2011

A lagartinha


Havia uma lagartinha que tinha muito medo de sair por aí e morrer pisoteada pelos homens. Por isso foi se fechando. As plantas também a rejeitavam, achando que ela só queria comer suas folhas. Mal sabiam que essa lagartinha gorda, e que rastejava pedindo ajuda, poderia ser aquela borboleta que viria ajudar a polinizar as flores dessas mesmas plantas.

Mas a lagartinha só chorava, apertada, em sua tristeza, até que uma coruja, aquela ave que só consegue enxergar à noite, quando tudo está escuro, disse a ela:

- "Pare de chorar, faça alguma coisa! Aí dentro de você mora uma linda borboleta, deixe-a sair. Ela pode voar, ser aceita pelos homens e pelas plantas, ver lá de cima o que você vê aqui embaixo, mudar de jardim e tudo mais..."

A lagartinha, então, pediu ajuda. Como poderia se tornar borboleta? A coruja, sábia amiga, disse-lhe que era necessária uma metarmofose, uma mudança, em que precisava se fechar num casulo para empreender esforços, que viriam dores, mas só as necessárias para fazer as mudanças. Mas o que realmente era preciso era ter pensamento positivo. Que poderia ser livre, bem aceita, e voar leve por onde desejasse. Que pensasse em ser borboleta o tempo todo e tudo poderia ir mudando, até que, mais rápido do que ela imaginasse, ela sairia do casulo, como uma borboleta.

Dra. Sofia Bauer.
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sábado, 3 de setembro de 2011

Pensamento



Você precisa saber
O que passa aqui dentro
Eu vou falar pra você
Você vai entender
A força de um pensamento
Pra nunca mais esquecer

Pensamento é um momento
Que nos leva a emoção
Pensamento positivo
Que faz bem ao coração
O mal não
O mal não

Sempre que para você chegar
Terá que atravessar
A fronteira do pensar
A fronteira do pensar

E o pensamento é o fundamento
Eu ganho o mundo sem sair do lugar
Eu fui para o Japão
Com a força do pensar
Passei pelas ruínas
E parei no Canadá
Subi o Himalaia
Pra no alto cantar
Com a imaginação que faz
Você viajar, todo mundo

Estou sem lenço e o documento
Meu passaporte é visto em todo lugar
Acorda meu Brasil com o lado bom de pensar
Detone o pesadelo pois o bom
Ainda virá

Você precisa saber
O que passa aqui dentro
Eu vou falar pra você
Você vai entender
A força de um pensamento
Pra nunca mais esquecer

Custe o tempo que custar
Que esse dia virá
Nunca pense em desistir, não
Te aconselho a prosseguir

O tempo voa rapaz.
Pegue seu sonho rapaz
A melhor hora e o momento
É você quem faz

Recitem
Poesias e palavras de um rei
Faça por onde que eu te ajudarei

Recitem poesias e palavras de um rei
Faça por onde que eu te ajudarei

Recitem poesias e palavras de um rei
Faça por onde que eu te ajudarei

Recitem poesias e palavras de um rei
Faça por onde que eu te ajudarei

Cidade Negra.




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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Viva melhor


Faça como os passarinhos: comece o dia cantando. A música é alimento para o espírito. Cante qualquer coisa, cante desafinado, mas cante!

Cantar dilata os pulmões e abre a alma para tudo de bom que a vida tem a oferecer. Se insistir em não cantar, ao menos ouça muita música e deixe-se absorver pela melodia.

Ria da vida, ria dos problemas, ria de você mesmo. A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir de si mesmo.

Ria das coisas boas que lhe acontecem, ria das besteiras que você já fez. Ria abertamente para que todos possam se contagiar com a sua alegria.

Não se deixe abater pelos problemas. Se você procurar se convencer de que está bem, vai acabar acreditando que realmente está e, quando menos perceber, vai se sentir realmente bem.

O bom humor, assim como o mau humor, contagia. Qual deles você escolhe?

Se você estiver bem-humorado, as pessoas ao seu redor também ficarão e isso lhe dará mais força.

Leia coisas positivas. Leia bons livros, leia poesia, porque a poesia é a arte de azeitar a alma. Leia romances, leia a Bíblia, leia histórias de amor, ou qualquer coisa que faça reavivar seus sentimentos mais íntimos, mais puros.

Pratique algum esporte. As preocupações são tantas que precisam ser contrabalançadas com algum exercício físico, mesmo que seja uma simples caminhada. Você certamente vai se sentir bem disposto, mais animado, mais jovem.

Encare suas obrigações com satisfação. É maravilhoso quando se gosta do que se faz. Ponha amor em tudo que está ao seu alcance. Desde que você se proponha a fazer alguma coisa, mergulhe de cabeça!

Não viva emoções mornas, próprias de pessoas mornas. Você pode até sair arranhado, mas verá que valeu a pena.

Não deixe escapar as oportunidades que a vida lhe oferece, elas não voltam mais nas mesmas circunstâncias. Não é você quem está passando, são as oportunidades que você deixa de usufruir.

Nenhuma barreira é intransponível se você estiver disposto a lutar contra ela; se seus propósitos forem positivos, nada poderá detê-los. Não deixe que seus problemas se acumulem, resolva-os logo.

Fale, converse, explique, discuta: o que mata é o silêncio, o rancor. Exteriorize tudo, deixe que as pessoas saibam que você as estima, as ama, precisa delas, principalmente em família.

Volte-se para as coisas puras, dedique-se à natureza. Cultive o seu interior e ele extravasará beleza por todos os poros.

Agradeça a Deus pelo que você tem, e perceberá que sempre terá mais do que precisa. Tenha fé em algo mais poderoso do que você mesmo: tenha fé em Deus.

Agindo assim você terá estímulo para viver, do contrário nada fará sentido.

Não tente, faça. Você pode!

Darwin Zinneck. 

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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