quinta-feira, 30 de junho de 2011

O ponto negro


Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago. Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.

O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume. Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha.

Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha.

O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:

- Agora, vocês devem escrever um texto sobre o que estão vendo.

Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha.

Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:

- "Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro.
Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.

A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos para comemorar sempre! A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro! O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo.

Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.

Pense nisso!

Tire os olhos dos pontos negros de sua vida. Aproveite cada bênção, cada momento que o Criador te dá. Creia que o choro pode durar toda a noite, mas a alegria vem logo com a luz do amanhecer.

Tenha essa certeza, tranquilize-se e seja feliz!

Desconheço a autoria

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amai-vos


Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão.

Que haja, antes, um mar ondulante entre as praias de vossa alma.

Enchei a taça um do outro, mas não bebais da mesma taça.

Dai do vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.

Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vós estar sozinho.

Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.

Dai vosso coração, mas não o confieis à guarda um do outro.

Pois somente a mão da vida pode conter vosso coração.

E vivei juntos, mas não vos aconchegueis demasiadamente.

Pois as colunas do templo erguem-se separadamente.

E o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro.

Kahlil Gibran

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Casa arrumada

 
Casa arrumada  é assim: um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.

Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas... Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: aqui tem vida!

Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança!

Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...

Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos...

E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente!

Arrume a sua casa todos os dias... mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela! E reconhecer nela o seu lugar.

Lena Gino

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Respeito


Lembre-se de sua unicidade. Aceite-se, respeite-se, respeite sua própria voz: escute-a e siga-a.

É melhor ir para o inferno seguindo sua voz que ir para o céu seguindo a voz do outro, pois esse céu não será lá grande coisa. Você será apenas um seguidor cego.

Respeite a si mesmo e respeite os outros também. Só essa simples mudança em sua atitude pode provocar uma revolução radical, pode transformar todo o seu ser.

Osho

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domingo, 26 de junho de 2011

Para começar a semana





Quando uma porta da felicidade se fecha outra se abre, mas costumamos ficar olhando tanto tempo para a que se fechou que não vemos a que se abriu.

Helen Keller
sábado, 25 de junho de 2011

Do lado de cá


Se a vida às vezes da uns dias de segundos cinzas e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema à toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

Se a vida às vezes da uns dias de segundos cinzas e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema à toa, pra ficar na boa
Vem pra cá

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá


A vida é agora, vê se não demora,
Pra recomeçar é so ter vontade de felicidade pra pular

Do lado de cá, a vista é bonita
a maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá, tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

Chimarruts




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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Pensamentos são poderosos



Por que optar por ter sempre pensamentos positivos? Você consegue numerar pelo menos 3 motivos?

Se não percebeu ainda, os pensamentos positivos tem poder de transformar você numa pessoa mais sorridente, mais criativa, mas amorosa! Perceba.

Pensamentos são poder! Os sonhos também, viu? Pensamentos e sonhos: tudo a ver com você! E se seus pensamentos forem positivos o poder será enorme! E se forem pensamentos negativos também serão fortes e poderosos. Fique atento, tá? Tenha mais cuidado com a qualidade dos seus sonhos, com a qualidade dos seus pensamentos. As chances de tudo o que você desejar, sonhar e pensar acontecer, é muito grande. Por isso, fique sempre com os pensamentos positivos, construtivos... É horrível ter de conviver com pessoas que são negativas.

Faça como todo bom engenheiro que planeja todo o projeto antes de começar! Você é o seu próprio engenheiro da vida!

E lembre-se que o verdadeiro sonho não é aquele que vem pelo desejo do poder, da fama.... mas sim daquele que vem do seu íntimo, que é motivado pela sua essência de amor e de felicidade.

Quanto mais alegria e amor você conseguir irradiar, mais alegria e amor você atrairá para si. Ame todas as pessoas que estão na sua vida. E repare como as pessoas reagem ao seu amor, ao seu astral, ao seu bom-humor!

Permita que os pensamentos positivos, que os sonhos, que o amor fluam com toda força em sua vida! Derrube suas barreiras, derrube seus desencantamentos, derrube suas frustrações, derrube seus tropeços do passado.... O amor é a chave para a vida!

Bom Dia! Bom Divertimento com a vida!

Que seus sonhos não sejam mais podados, engavetados e esquecidos.

Luis Carlos Mazzini

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

O que o vento não leva




No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não consegue levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

Mario Quintana

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Relacionamentos



Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.

Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa.

Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...

Acho que o beijo é importante, e se o beijo bate se joga. Se não bate, mais um martini, por favor e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa está com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.

O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta.

Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?

O legal é alguém que está com você por você. E vice versa. Não fique com alguém por dó também ou por medo da solidão.

Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado e quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo, e nem sempre as coisas saem como você quer.

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para namorar, para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.

Enfim, o  importante é sabermos que o que passou foi válido e o novo poderá ainda valer.

Atribuido a Arnaldo Jabor

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domingo, 19 de junho de 2011

Pense nisso


Tudo o que hoje preciso realmente saber sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.

Estas são as coisas que aprendi:

1. Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém, mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga (esse é importante);
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco, desenhe, pinte, cante, dance, brinque, trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde (isso é muito bom);
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem ... nós também.

Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme.

Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca.

Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair. Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos.

É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.

Pedro Bial.
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sábado, 18 de junho de 2011

Solidão contente


Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas – e não é assim.

Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

 Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente – e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

“Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.

Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta.Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.  Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro.

Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior – com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está  vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando – senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes.

Somos ensinados a ser o que somos. Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar.

O que virá da transformação é difícil dizer. Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos.

Repasse para suas amigas, especialmente para as que não sabem fazer sua "solidão contente!" e  para seus amigos entenderem e valorizarem a riqueza interior de certas mulheres comparada aos homens.

Ivan Martins - editor-executivo de Época

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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Síndrome de super-mulher



Se eu tivesse que escolher uma palavra - apenas uma - para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar.

Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza:  exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho.

Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano.

E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes - isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala.

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa - e a ficar em silêncio.

Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia.

Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam  ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar!

Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão?

Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos  atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir.

Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar.

Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere ... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça!

E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. 

A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil.

Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres.

Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Leila Ferreira.

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Torradas queimadas


 
Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
- Adorei a torrada queimada!

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada...  Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo.

Desconheço a autoria.

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Educar



Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: “Veja!” – e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente...

E ficando mais rico interiormente ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.

A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.

A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades. Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.

Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.

Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento, a capacidade de se assombrar diante do banal.

Para as crianças tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. E nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore ou para o curioso das simetrias das folhas. Parece que naquele tempo as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.

As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.

Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro da gente.

São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida.

Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir, e não se torna como criança, jamais será sábio.

Rubem Alves, Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista, professor, poeta, cronista do cotidiano, contados de histórias e um dos mais admirados e respeitados intelectuais do Brasil; ama crianças e filósofos – ambos têm algo em comum: fazer perguntas.

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Como anda o seu olhar?


Eu não sei como anda o seu olhar sobre si mesmo. Não sou conhecedor da pressa ou da calma do seu olhar. Uma só coisa eu sei e sobre isso quero lhe dizer.

Há em você um universo de verdades a ser descoberto. Há uma humanidade linda que ainda precisa passar pelo processo do florescimento.

Não sabe por onde começar? Eu lhe dou uma dica.

Comece a prestar atenção no jeito como você se enxerga, no jeito como você se trata, no jeito como você se interpreta. Não aloje em seu coração sentimentos que sejam contrários à sua felicidade. Não deixe demorar dentro de você o que na vida não valeu a pena.

Expulse de sua mente tudo o que for contrário ao que Deus espera de você. Cultive esta certeza: o olhar de Jesus já lhe atingiu! Ele confia profundamente em tudo o que você ainda pode ser.

Não se prenda aos seus fracassos. Eles não são nada perto de tudo o que Deus preparou para o seu futuro. Derrotas podem ser fontes de esperanças...

Veja o avesso de suas inseguranças. Há uma coragem que você precisa enxergar. Ela é necessária como o pão de cada dia.

Hoje é dia de olhares demorados...

Veja em você o que Jesus já viu. Lance sobre você um olhar amoroso!

Pe Fábio de Melo.

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

A bagagem

 
 
Quando sua vida começa você tem apenas uma mala pequenina de mão.

À medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, porque pensa que são importantes .

Em um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais, então você pode escolher ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem.

Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem ou você pode aliviar o peso, esvaziar a mala.

Mas, o que tirar ?

Você começa tirando tudo para fora.

Amor, amizade tem bastante e - curioso! - não pesa nada.

Tem algo pesado, você faz força para tirar e ve que era a raiva - como ela pesa!

Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a incompreensão, o medo, o pessimismo.

Nesse momento, o desânimo quase te puxa pra dentro da mala. Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo da mala aparece um sorriso, que estava sufocado no fundo da sua bagagem.

Pula para fora outro sorriso e mais outro, e sai a felicidade! Você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a tristeza.

Agora, você vai ter que procurar a paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante.

Procure, entã,o o resto: a força, a esperança, a coragem, o entusiasmo, o equilíbrio, a responsabilidade, a tolerância e o bom e velho humor.

Tire a preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela.

Bem ... sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo. Mas, pense bem o que vai colocar lá dentro de novo, heim !

Agora é contigo.

E não esqueça de fazer isso mais vezes, pois o caminho é muito, muito longo...

Desconheço a autoria.
 
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O que encanta

 
 
Tudo o que encanta, também guia e protege.

Intensamente obsecados por qualquer coisa que amamos - aviões, barcos, idéias - uma avalanche de magia aplana o caminho pela frente, nivela regras, razões, divergências, permite-nos transpor abismos, medos, dúvidas.

Sem a força desse amor, somos barcos parados nos mares do tédio e são mortíferos.

Richard Bach - A Ponte para o Sempre

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sábado, 11 de junho de 2011

Para o meu amor



Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que os meus olhos se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era momento de se gostar
Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha pra ficar

Daria pra pintar todo azul do céu
Dava pra encher o universo da vida que eu quis pra mim
Tudo que eu fiz foi me confessar
Escravo do seu amor, livre para amar
Quando eu mergulhei fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul, de todo azul do mar
Foi assim, como ver o mar
Foi a primeira vez que eu vi o mar
Onda azul, todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar

Flávio Venturini

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Momentos


Há certas horas em que não precisamos de um amor, não precisamos da paixão desmedida, não queremos beijo na boca e nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama.

Há certas horas que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado sem nada dizer.

Há certas horas quando sentimos que estamos pra chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir.

Alguém que ria de nossas piadas sem graça, que ache nossas tristezas as maiores do mundo, que nos teça elogios sem fim e que, apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável.

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado. Alguém que nos possa dizer: acho que você está errado, mas estou do seu lado.

Ou alguém que apenas diga: Sou seu amor e estou aqui!

Desconheço a autoria.

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Não espere pelo tempo


Não espere pelo tempo porque o próprio tempo não espera por você. O tempo apenas flui, sereno ou severo, generoso ou egoísta, amigo ou inimigo. Faces que dependem do que você faz com ele.

Afinal, o tempo, antes de ser números, horas, dias e anos, é uma construção dos seus atos. E não um fruto do acaso.

É através do tempo que corrigimos os nosso erros, que tentamos nos acostumar com algo que achamos impossível de nos acostumarmos, que esquecemos coisas que achamos que nunca vamos esquecer.

Porém, não devemos esperar por ele; devemos agir para que ele seja não a solução dos problemas, mas sim apenas uma das soluções.

Desconheço a autoria .

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

A cor do mundo

 
O ancião descansava, sentado em velho banco à sombra de uma árvore, quando foi abordado pelo motorista de um automóvel que estacionou a seu lado:

- Bom dia!

- Bom dia! Respondeu o ancião.

- O senhor mora aqui?

- Sim, há muitos anos...

- Venho de mudança e gostaria de saber como é o povo daqui. Como o senhor vive aqui há tanto tempo deve conhecê-lo muito bem.

- É verdade, falou o ancião. Mas por favor me fale antes da cidade de onde vem.

- Ah! É ótima. Maravilhosa! Gente boa, fraterna. Fiz lá muitos amigos. Só a deixei por imperativos da profissão.

- Pois bem, meu filho. Esta cidade é exatamente igual. Vai gostar daqui.

O forasteiro agradeceu e partiu.

Minutos depois apareceu outro motorista e também se dirigiu ao ancião:

- Estou chegando para morar aqui. O que me diz do lugar?

O ancião, lançou-lhe a mesma pergunta:

- Como é a cidade de onde vem?

- Horrível! Povo orgulhoso, cheio de preconceitos, arrogante! Não fiz um único amigo naquele lugar horroroso!

- Sinto muito, meu filho, pois aqui você encontrará o mesmo ambiente!

Todos vemos, no mundo e nas pessoas, algo do que somos, do que pensamos, de nossa maneira de ser.

Se somos nervosos, agressivos ou pessimistas, veremos tudo pela ótica de nossas tendências, imaginando conviver com gente assim.

Em outras palavras, o mundo tem a cor que lhe damos através das nossas lentes.

Se nossas lentes estão escurecidas pelo pessimismo, tudo à nossa volta nos parecerá escuro. Tudo, para nós, parecerá constantemente envolto em trevas.

Se nossas lentes estão turvadas pelo desânimo, o universo que nos rodeia se apresenta desesperador. Mas, se ao contrário, nossas lentes estão clarificadas pelo otimismo, sentiremos que em todas as situações há aspectos positivos.

Se o entusiasmo é o detergente das nossas lentes, perceberemos a vida em variados matizes de luzes e cores.

A cor do mundo, portanto, depende da nossa ótica. O exterior estará sempre refletindo o que levamos no interior.

Autor desconhecido.

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Morrer é preciso


Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio! A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro.

Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.

Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só suficiente para fazer as provas.

Quer ter um bom relacionamento, então mate dentro de você o jovem inseguro ou ciumento ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinho, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.

Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso “eu” passado, inferior.

E qual o risco de não agirmos assim?

O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso. Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos acabados híbridos, adultos “infantilizados”. Precisamos manter as virtudes de criança que também são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade etc.

Então, o que você precisa matar em si ainda hoje para que nasça o ser que você tanto deseja ser ?

Pense nisso e morra! Mas, não esqueça de renascer … melhor ainda!

Alexandre Rangel, do livro: "As mais belas parábolas de todos os tempos vol. II"
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segunda-feira, 6 de junho de 2011

ABC do sucesso



"A"bra os olhos para ver as coisas como realmente são.

"B"asta apenas acreditar em você mesmo.

"C"onsidere as coisas por varios ângulos.

"D"esistir e entregar-se jamais.

"E"ntenda a si mesmo para compreender melhor o próximo.

"F"amília e amigos são tesouros escondidos, procure encontrá-los e desfrutar de suas riquezas.

"G"anha mais quem faz e ajuda a quem precisa, bem mais do que planejou.

"H"oje aproveite a vida. Ontem já passou e o amanhã pode nunca chegar.

"I"gnore aqueles que desejam te desencorajar.

"J"á chegou a hora de agir. Faça!

"L"eia e estude, aprenda sobre tudo que faz bem.

"M"ais do que tudo, ame sem exigir o amor em troca.

"N"unca minta, nunca trapaceie ou roube em qualquer circunstância.

"O"btenha mais paz e harmônia evitando fontes: pessoas, lugares, coisas e hábitos negativos.

"P"rioridade máxima: ser feliz.

"Q"uem desiste nunca vence, e os vencedores nuncam desistem.

"R"essalte e defina os seus objetivos e vá em direção a eles.

"S"onhe, mas não se esqueça da realidade.

"T"ome a palavra de Deus e caminhe por ela.

"U"ma boa atitude: sorria!

"V"isualize o que você quer e as coisas pelas quais você luta.

"X" é: o "x" da questão. Você é uma criação única de Deus, nada nem ninguém pode substituir você!

"Z"ele por sua auto-estima.

Não é difícil aprender esse abc de sucesso. basta viver, de verdade a sua vida.

Desconheço autoria.

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sábado, 4 de junho de 2011

Caçadores da esperança



Em cada ponto da Terra, todo dia o homem se levanta com um desejo comum à toda humanidade: ser feliz. E nesta busca, tantas vezes desenfreada, louca, passional ou silenciosa, passa pelos dias.  

Talvez porque nunca tenham conseguido definir dentro de si mesmos o significado do que é ser feliz, como caçadores inábeis saem em busca deste misterioso tesouro sem nenhuma pista.

E nesta fantasia, consciente ou não, de ser feliz, poucos se tornam livres para mergulhar dentro de si mesmo e descobrir o verdadeiro sentido da vida.

Desconhecendo a função da alma, vivem à procura de fórmulas mágicas para tornar eterna a matéria, açoitados que são, diariamente, pelo temor de morrer.

Ao homem só é ensinado que deve ser um vencedor, nunca que as perdas muitas vezes são responsáveis pela mutação que faz o crescimento.

Constantemente o ouvimos murmurar: quando eu tiver uma casa, um carro, dinheiro, jóias, eu serei feliz. E quase sempre o surpreendemos infeliz e vazio quando de posse destas “felicidades”.

O autoconhecimento é um caminho árduo que traz à tona todas as fraquezas, medos, egoísmos e outros dragões de que queremos fugir e não enfrentar.

Mas se utilizarmos a nossa coragem para descobrir quem verdadeiramente somos nós, nossos medos não mais nos assustarão, nossos limites não serão mais obstáculos porque, conhecidos, nos permitirão aproveitar da vida cada instante, sem aflições, realizar sonhos sem pesadelos, em comunhão com nossa paz interior e passá-la aos outros sem usura.

Mas quem insistir na crença de que orientar sua vida com sabedoria não é fácil, será um eterno caçador da esperança e não a própria esperança que alimenta a realização do nosso destino.

Autoria desconhecida.

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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Se há tanta paz...



 
Se há tanta paz no azul que o céu abriga, E há tanto azul que tanto bem nos faz, se há tanto azul e há tanto céu, me diga, por que é que o homem não encontra a paz?

Se há tanta paz no verde-mar da onda Que faz-se verde e em branco se desfaz, se há tanta onda pelo mar, responda, por que é que o homem não encontra a paz?

Se há tanta paz no olor das multicores, flores: orquídeas, rosas, manacás, se há tanta paz em cada flor e há tantas flores, por que é que o homem não encontra a paz?

Se há tanta paz nos cânticos suaves que entoam na alvorada os sabiás, se há paz num canto de ave e há tantas aves, por que é que o homem não encontra a paz?

Se há tanta paz na brisa que desliza sobre as folhagens, tímida e fugaz; se há tanta paz na brisa e há tanta brisa, por que é que o homem não encontra a paz?

Se há tanta paz nas expressões tão mansas que ao vir ao mundo uma criança traz, e cada dia existem mais crianças, por que é que o homem não encontra a paz?

Se há tanta paz nos corações com fé que atrai o bem e afasta as coisas más, então oremos juntos, todos de pé, para que o homem encontre um dia a paz!

Luna Fernandes


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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Despertar


Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que tudo começou a ganhar uma cara que, no fundo, eu já conhecia, mas havia esquecido como era. Comecei a despertar do sono estéril que, com suas mãos feitas de medo e neblina, fez minha alma calar. E foi então que comecei a ouvir o canto de força e ternura que a vida tem.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que ninguém começa a despertar antes do instante em que algo em nós consegue deixar à mostra o truque que o medo faz. Só então a gente começa, devagarinho, para não assustar o medo, a refazer o caminho que nos leva a parir estrelas por dentro e a querer presentear o mundo com o brilho do riso que elas cantam. Só então a gente começa a entender o que é esse sol que mora no coração de todas as coisas. Não importa com que roupa elas se vistam: ele está lá.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a lembrar de onde é o céu e a perceber que o inferno é onde a gente mora quando tudo é sono. Comecei a sair dos meus desertos. E a olhar, ainda que timidamente, para todas as miragens, sem tanto desprezo, entendendo que havia um motivo para que elas estivessem exatamente onde as coloquei. Nenhum livro, nenhum sábio, nada poderia me ensinar o que cada uma me trouxe e o que, com o passar do tempo, continuo aprendendo com elas. Dizem que só é possível entendermos alguns pedaços da vida olhando para eles em retrospectiva. Acho que é verdade.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a compreender o respeito e a reverência que a experiência humana merece. A me dar conta de delícias que passaram despercebidas durante um sono inteiro. E a lembrar do que estou fazendo aqui. Ainda que eu não faça. Ainda que os vícios que o sono deixou costumem me atrapalhar. Ainda que, de vez em quando, finja continuar dormindo. Mas não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo. Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim. Eu sou a viajante e a viagem.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a querer brincar, com uma percepção mais nítida do que é o brinquedo, mas também com um olhar mais puro para o que é o prazer. A ouvir o chamado da minha alma e a querer desenhar uma vida que passe por ele. A assumir a intenção de acordar a cada manhã sabendo para o quê estou levantando e comprometida com isso, seja lá o que isso for, porque, definitivamente, cansei de perambular pelos dias sem um compromisso genuíno. E comecei a gritar por liberdade de uma forma que me surpreendeu. Antes eu também gritava, mas o medo sufocava o grito para que eu não me desse conta do quanto estava presa.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a desejar menos entender de onde vim e a desejar mais aprender a estar aqui a cada agora. Só sei que descobri que a solidão é estar longe da própria alma. Que ninguém pode nos ferir sem a nossa cumplicidade. Que, sem que a gente perceba, estamos o tempo todo criando o que vivemos. Que o nosso menor gesto toca toda a vida porque nada está separado. Que a fé é uma palavra curta que arrumamos para denominar essa amplidão que é o nosso próprio poder.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que não importam todos os rabiscos que já fizemos nem todos os papéis amassados na lixeira, porque todo texto bom de ser lido antes foi rascunho. E, por mais belo que seja, é natural que, ao relê-lo, percebamos uma palavra para ser acrescentada, trocada, excluída. A ausência de uma vírgula. A necessidade de um ponto. Uma interrogação que surge de repente. Viver é refazer o próprio texto muitas, incontáveis, vezes.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. O que sei é que não quero aquele sono outra vez.

Ana Jácomo.

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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