sexta-feira, 1 de junho de 2012

Tempo de sol


É tempo de ver o sol, ainda que seja noite, pois sabemos "racionalmente", que o sol não sumiu, apenas se escondeu para que a lua se exiba no céu.

Então, deixar-se aquecer pela certeza de que a felicidade não sumiu, apenas deu um tempo para que a tristeza se exibisse, mostrasse para você que o melhor de tudo é ser feliz, e que se perdeu um amor, não perdeu a capacidade de amar; se perdeu um dente, a boca ainda está no lugar; se perdeu um emprego, a experiência ainda está lá; se perdeu um parente, outro ficou para cuidar; se perdeu um sonho, esta noite foi feita para sonhar.

Não se perca de você, pois este, sim, é difícil de achar.

O resto é manter a chama do amor acesa, pois somos essencialmente feitos de amor,
tudo em nós é música suave, é poesia e calor, nós é que nos escondemos, nos assustamos, esfriamos.

É tempo de acender tochas amorosas em nós mesmos, espalhar o amor como semente generosa, e confiar que, no tempo certo, colheremos cestos e cestos de flores perfumadas, perfume de muito valor, o perfume do amor.

Paulo Roberto Gaefke.

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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