quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amor e orgulho


Conta-se que, em algum lugar da China, havia um sábio ancião que decidia questões conjugais. Era ele quem abençoava os casais que queriam se unir e orientava os que estavam se desentendendo, dizendo-lhes se deveriam ou não se separar.

Certa vez o ancião foi procurado por dois jovens a quem havia abençoado alguns anos antes e que agora falavam em separação. O sábio, percebendo que os dois ainda se amavam, não viu motivo para que desfizessem a união, mas não conseguia convencê-los disso. Então, presenteou-os com uma planta e disse:

- Esta é uma planta muito sensível. Vocês devem deixá-la na sala e, quando ela morrer, poderão se separar.

Assim foi feito. O casal colocou a planta no centro da sala e ficou aguardando “ansiosamente” a sua morte.

Certa madrugada, ambos se flagraram com regadores em punho, cuidando da planta. Naquele dia, amaram-se como nunca.

A planta sensível era, na verdade, a relação dos dois. O amor era forte o suficiente a ponto de acordá-los em plena madrugada. Mas, então, o que estaria ameaçando aquela união?

O orgulho! O orgulho nos impede de pedir perdão. O orgulho não nos deixa perdoar. O orgulho não nos deixa dizer que ainda amamos...

Desconheço o autor.

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1 comentários:

Maurélio disse...

Muito legal o conto, aplausos.

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Claudia Mei
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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