quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pessoas são presentes

Vamos falar de gente, de pessoas... Existe, acaso, algo mais espetacular do que gente?

Pessoas são um presente. Algumas tem um embrulho bonito como os presentes de natal, páscoa ou festa de aniversário. Outras vem em embalagem comum, e há as que ficaram machucadas no correio. De vez em quando uma registrada, são os presentes valiosos.

Algumas pessoas trazem invólucros fáceis. De outras, é dificílimo, quase impossível, tirar a embalagem é fita durex que não acaba mais, mas a embalagem não é o presente e tantas pessoas se enganam, confundindo a embalagem com o presente.

Por que será que alguns presentes são complicados para a gente abrir? Talvez porque dentro da bonita embalagem haja muito pouco valor e bastante vazio, bastante solidão. A decepção seria grande.

Também você amigo, também eu. Somos um presente para os outros. Você para mim, eu para você. Triste se formos apenas um presente-embalagem: muito bem empacotado e quase nada, lá dentro!

Quando existe verdadeiro encontro com alguém, no diálogo, na abertura, na fraternidade, deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria de reais presentes.

Nos verdadeiros encontros humanos, acontecem coisas muito comoventes e essenciais:
mutuamente nós vamos desembrulhando, desempacotando, revelando. Você já experimentou essa imensa alegria da vida? A alegria profunda que nasce da alma, quando duas pessoas se comunicam virando um presente uma para outra?

Conteúdo interno é segredo para quem deseja tornar-se presente aos irmãos de cada estrada e não apenas embalagem. Um presente assim não necessita de embalagem. É a verdadeira alegria que a gente sente e não consegue descrever, só nasce no verdadeiro encontro com alguém.

A gente abre, sente e agradece a Deus.

S.eider/H. Hartm Shann

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Claudia Mei
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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