sábado, 9 de abril de 2011

Paz no mundo



A paz no mundo começa dentro de mim, quando me aceito, de corpo e alma, e reconheço meus defeitos, com paciência e calma, em vez de me fragmentar em mil pedaços.

Eu me coloco inteiro no que penso, sinto e faço, passageiro no tempo e no espaço, sem nada para levar que possa me prender, sem medo de errar e com muita vontade de aprender.

A paz no mundo começa entre nós, quando eu aceito o teu modo de ser. Sem me opor ou resistir reconheço tuas virtudes, sem te invejar ou me retrair e faço das nossas diferenças a base de nossa convivência.

Em lugar de te dividir em mil personagens, consigo ver-te inteiro, nu, real, sem  nenhuma maquiagem, companheiros da mesma viagem no processo de aprendizagem do que é ser gente.

A paz no mundo começa quando as palavras se calam e os gestos se multiplicam. Quando se reprime a vergonha e se expressa a ternura, quando se repudia a doença e se enaltece a cura. Quando se combate a normalidade que virou loucura e se estimula o desejo de melhorar a humanidade, de construir uma outra sociedade, com base numa outra relação...

Uma relação em que amar é a regra e não mais a exceção.

José Eustáquio de Souza

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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