terça-feira, 27 de outubro de 2009

Escolhas... Sempre escolhas......

Esta semana, conversando com um amigo, percebemos o quanto deixamos de lado nossos sonhos. Por vezes por causas nobres; por outras, por questões que, bem, poderiam ser postergadas em prol dos nossos objetivos.

E por que o tema? A questão é: quando haverá tempo para que possamos verdadeiramente existir - dentro ou fora da relação? Porque nos permitimos encolher, emburrecer, deixar de ser?

Isso! Estou falando do mais básico - da razão fundamental - de estarmos aqui: Existir. Ser. Acontecer...

E, se o tempo passa, com ele passa também a vida e tudo o que fazemos ou não fazemos - até mesmo a mistura que criamos quando incorporamos o que não é nosso, deixamos de estar presentes... (e isso pode ser tudo ou nada... aquele mau humor que não nos pertence, aquela tristeza que não é nossa, aquela vontade de morrer que não compartilhamos etc, etc...).

Outras esferas

E tem mais: se nos comportamos dessa maneira na relação amorosa, deixamo-nos também contaminar nas relações familiares, naquele grupo de amigos, na organização, no clube, de qualquer segmento que nos destaca do todo.

E então vamos passar a viver só! Não vamos mais participar de qualquer grupo social, profissional ou familiar???? Não! A questão, lembre-se, é: Como continuar a existir dentro ou fora da relação?

Conjunto

Somos, afinal, especiais enquanto pertencemos... E, nesse sentido, contribuímos para que o outro, a organização, o grupo como um todo tenha alma, visão, missão... Tenha um motivo de existência. Participamos da construção de diferentes sonhos e isso também nos faz melhor.

Ajudamos nossos companheiros, familiares, amigos ou empregadores a construir seus sonhos. Interferimos na construção da sua missão do significado de sua existência. Viabilizamos a visão, ou seja, tudo o que é possível. Absorvemos seus valores ou melhor, nos identificamos ou até mesmo nos associamos a estes e dessa forma, tocamos nosso dia-a-dia.

No centro dos sonhos

Às vezes mais perto, às vezes milhas e milhas distantes do nosso centro... E, se é assim com todos, por que para alguns é mais fácil manter-se no eixo, na essência, no ser? Por que alguns respondem melhor a questão acima?

Realmente, acredito que não seja fácil para ninguém manter-se no centro, em si mesmo, no sonho. Os atalhos estão aí e, sem perceber, escolhemos um ou outro ao longo da vida. E estes, com certeza, nos tiram do foco. E não só os atalhos nos distraem - nos deparamos com situações todo o tempo, com algo que gostamos muito - um jardim, uma flor, uma relação, um novo emprego etc., etc... Ou que não gostamos - um dia de chuva, um carro quebrado, um atraso, um desencontro, etc, etc...

E, como Alice no País das Maravilhas, ora tomamos uma ou outra direção - nos esquivamos, paralisamos ou vamos em frente e, sem perceber ou compreender bem, deixamos de saber para onde estamos indo. Onde de fato queremos chegar. O que queremos ser - qual era mesmo o sonho?

E, então, para aqueles todos que não sabem onde estão, para onde vão ou onde querem chegar, o problema é: não há qualquer possibilidade de reencontrar-se, a não ser com forte trabalho de autoconhecimento, meditação, autotransformação. Tudo o que nos remete para dentro, para o que conta, para o que viemos... Escolhas... Sempre escolhas!

Sandra Maia

Sandra Maia é autora dos livros: Eu Faço Tudo por Você - Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Encoxada

Depois de algum tempo ausente, (pura preguiça mesmo rsrsr), recebi este texto de um amigo e resolvi voltar a ativa rsrrs. É um complemento ao post anterior rsrsr, acho que as meninas vão concordar com a autora rsrsrsrs.


Ps. este amigo é um ótimo cozinheiro mas curte as boas coisas da vida também rsrrsrs.
bjssssssssss

Doce mulher.


Encoxada



Tem coisa mais irritante que homem na cozinha?
Pois os moços passaram séculos longe do fogão e, como não poderia deixar de ser, no momento em que colocaram os pés 44 naquele território, viraram todos chefs.
Você dá o maior duro azarando o cara, finalmente, descola um convite e sai de casa crente que "quer jantar na minha casa?" significa "oba, vai rolar sexo". Toca acampainha vestida para matar e sem calcinha sob modelón vermelho, levando debaixo do braço aquele tinto francês que comprou no supermercado seguindo seu infalível critério de "rótulo bacaninha que lembra gravura art nouveau do Alphonse Mucha".
Aqui, primeira dica importante: não ouse dizer que o vinho veio do Carrefour, senão você vai ouvir uma longa preleção mais ou menos na linha "eles deixam as garrafas em pé... blablabla... vinho europeu não viaja bem... blablabla... a rolha resseca...blablabla..." (se rolar, não esqueça de abanar a cabeça concordando com ele, combinado?).
Também nem tente argumentar qualquer coisa confiando naquele curso de degustação de vinhos que você fez há quatro anos, lembra? Lembra nada. Você saía totalmente chumbada de lá todas às vezes.
Pois para sua decepção, quem irá atender a porta será uma criatura com ar grave de alquimista prestes a descobrir o segredo de Midas, reclamando da dificuldade de se encontrar uma boa pimenta jamaicana, segurando uma bugiganga Le Creuset de tirar a pele de legumes, embrulhado em um avental imenso, engomado, com monograma bordado, imaculadamente branco e, para o seu azar, sem aquela abertura atrás - e você, louca pra vê-lo cozinhando um miojo de bunda de fora, né? Confessa!!!
É compreensível, meninas. Os homens estão sofrendo de uma espécie de novo-riquismo culinário. O gourmet requintado em que ele se transformou ontem jamais passaria pela humilhação de pilotar um fogão como o seu, cujo máximo de avanço tecnológico é a lâmpada amarelada do forno. Não! Ele torrou 22 mil dólares num Ilve italiano de sete bocas, com grelha, chapa infravermelha para aquecer comida e dois fornos programáveis.
Fazer as poções mágicas em panelinhas com teflon pra lavar mais facilmente? Seria muita pobreza para quem comprou uma poissonnière de cobre com interior revestidode estanho, só para fazer peixes no vapor ("uma pechincha, 250 dólares").
Conjuntinho de facas como aquelas que você ganhou de presente da tia-avó no primeiro casamento? Jamais. No entender dele, nenhuma matéria-prima de manjar dos deuses merece menos que facas artesanais Zakharov com cabo de osso e madeira.
Duas horas e meia depois, o jantar está servido. Sabe aquele frango refogado que você faz em vinte minutos, jogando um punhado de temperos a olho? É mais ou menos isso, só que coberto por uma finíssima fatia de manga, arrematada com umas três ou quatro lascas de gengibre. Isso se não vier acompanhado daquele molho de ervas que não combina com nada e ele insiste em colocar em tudo.
E pensar que você estava rezando praquela manga virar sobremesa, escoltada por uma bolota de reles sorvetinho da Kibon... Conselho de quem não quer que você arruinedefinitivamente a noite: tem de dizer que ele tá "ali, ó" com Emmanuel Bassoleil. Não,melhor ainda: foi um prato comparável ao poulet do Paul Bocuse.
Fim do banquete, vá arregaçando as mangas para ajudar a lavar louça. Se deixar por conta dele, serão mais duas horas esfregando as três panelas de cobre, duas de pedra sabão e o processador de alimentos que sujou 17 peças pra picar salsinha,equipamentos rigorosamente necessários para cozinhar uns 250g de frango.
Hora do café, hora do relax, certo? Pelo menos agora você finalmente vai experimentar a tal griffe Illycaffè, que ele paga uma nota preta sem imaginar que oelogiadíssimo blend tem cerca de dois terços de café brasileiro. Quando a água ferve, ele grita e, de um salto, chega ao coador. Queimadura? Não! Puro horror, porque "água para café não pode ferver de jeito nenhum".
Que saudades daquele tempo em que cozinhávamos com um "ajudante" tarado"encoxando" a gente na pia...

(Autora desconhecida)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Jantar com o bofe

Recebi este texto de uma amiga e ri muito ao ler. Ele vem de encontro a um texto que a tempos quero escrever sobre as "dores" que nós do sexo frágil enfrentamos no dia a dia, TPM, depilação, parto, dor de amor e por ai vai, além de retratar com humor a pressão imposta pela mídia que incorporamos sem contestar. Boa leitura, espero que se divirtam tanto quanto eu.
beijusssssss Doce mulher

JANTAR COM O BOFE

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas.

O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres.

Acho importante que eles saibam O que se passa nos bastidores.

Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer.

Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar.
Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo 'Vamos jantar amanhã?'.
Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: 'Claro, vamos sim'.
Começou o inferno na Terra.

Foi dada a largada.

Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá.

Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisseia.
Evidentemente, você também para de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda.

Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo.

Muito saudável.
Primeira coisa: fazer mãos e pés.

Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto?

Mãos e pés tem que estar feitos - e lá se vai uma hora do seu dia.

Vocês (homens) devem estar se perguntando 'Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?'

Lei de Murphy. Sempre dá merda.

Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito!

Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon!

Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato?

Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão é pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino.

OBS: Isso me emputece.

Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde?

Na porra do pé!

Isso é coisa de... Melhor mudar de assunto...
As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc.
Eu não faço, mas conheço quem faça.
Ah sim, já ia esquecendo.

Tem a depilação.

Essa os homens não podem nem contestar.
Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar?

Lá vai você depilar perna, axila, virilha, sobrancelha etc, etc.

Tem mulher que depila até o cu!

Mulher sofre!

E lá se vai mais uma hora do seu dia.

E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem.

Dia seguinte.

É hoje seu grande dia.

Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão.

Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar).
Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente.

Surge aquele dilema da roupa.

Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos.

Se te serve de consolo, ele não vai perceber.
Alias, ele não vai perceber nada.

Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz.

Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê).

Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'.

Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem.
Escolhida a roupa, com a resignação que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho.

Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem.

Nessa etapa eu perco muito tempo.

Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel.
Depois vem a hora de se vestir.

Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda.

É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte...PORCA!

Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece.

Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um cu.

Se for um desses dias em que seu corpo está um cu e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa gritando 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA'.
O chato é ter que refazer a maquiagem.

E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você?

Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo.

Se espirrar a calça perfura o pâncreas.
Ok, você achou uma roupa que ficou boa.

Vem o dilema da lingerie.

Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável.
Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo.
Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foooda'. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento. Aí você começa a pensar 'E se mesmo sem dar para ele,ele pode acabar vendo a minha calcinha...
Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'. Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda.

Melhor prevenir.
Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável.
Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável.

FATO: Lei de Murphy impera.

Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto.

Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino.

Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um 'Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar!

Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção.

Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!.

Porque eu não dei o sapato?
Porra... me custou muito caro.

Posso não usá-lo, mas quero tê-lo.

Eu sei, eu sei, materialista do cacete.

Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito coco para ver se evoluo espiritualmente!

Mas por hora,o sapato fica.
Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo 'será que dou para ele?

É o terceiro encontro, talvez eu deva dar...'começa a bater a ansiedade.

Cada uma lida de um jeito.
Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir.

Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação.

Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.
Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro?

'Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?'.
Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muito grave!

Eu fico puta, puta, PUTA da vida!
Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada.
Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até
porque, a essas alturas, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar! NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, GRAVE! DO TIPO...MORRER A MÃE OU O PAI TER UM AVC NO TRANSITO.
Supondo que ele venha.

Ele liga e diz que está chegando.

Você passa perfume, escova os dentes e vai.

Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'MMM... tá cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume, porra').

Ele nem sequer olha para a sua roupa.

Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural.

Eu não ligo, acho homem que repara muito meio viado, mas isso frustra algumas mulheres.

E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver.

Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha atochada no rego (que por sinal custou muito caro) para nada.
Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4?

Favor tirar sem rasgar.

Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão.

No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, em função do sapato de bico fino.

Quando ele conta piadas e ri eu penso

'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'.

A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética.

Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve.

Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.
Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca.

Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO.

Pois é, tudo isso custa caro.

Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos:

Roupa............... ......... ........R$ 200,00

Lingerie.... ......... ......... ......R$ 80,00

Maquiagem... ......... ......... ..R$ 50,00

Sapato...... ......... ......... ......R$ 150,00

Depilação..... ......... ......... ...R$ 50,00

Mão e pé........... ......... ........R$ 15,00

Perfume..... ......... ......... .....R$ 80,00

Pílula anticoncepcional. .........R$ 20,00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$ 500 para sair com um Zé Ruela.

Entendem porque eu bato o pé e digo que homem TEM QUE PAGAR O MOTEL?

A gente gasta muito mais para sair com eles do que eles com a gente!




'Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas.'

(Vinicius de Moraes)
domingo, 30 de agosto de 2009

O amor que a vida traz

Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto.

O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.

Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.

E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence. Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho!

Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio.
Martha Medeiros

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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