Canção dos homens
O amor impossível é o verdadeiro amor
A idade de ser feliz
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
Fase dourada em que a gente pode criar
Quem morre
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo
Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos
Olhos e os corações aos tropeços.
Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje !
Arrisque hoje !
Faça hoje !
Não se deixe morrer lentamente !
NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ
Pétala
Reluz
Que nem riqueza
Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo
Bem devagar...
Oh! meu amor!
Viver
É todo sacrifício
Feito em seu nome
Quanto mais desejo
Um beijo, um beijo seu
Muito mais eu vejo
Gosto em viver
Viver!
Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim!!...
Canção em campo vasto
tanto que nossas solidões se unam
e cada um falando em sua margem
possa escutar o próprio canto
Deixa-me amar-te com loucura,
ambos cavalgando mares impossíveis
em frágeis barcos e insuficientes velas
pois disso se fará a nossa voz.
Deixa-me amar-te sem receio,
pois a solidão é um campo muito vasto
que não se deve atravessar a sós.
Lya Luft
Prazeres pela metade
frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar e aí ver o
garçom colocar na minha frente uma bolinha
minúscula do meu sorvete preferido! Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante,
menor a porção da sobremesa. Aí a vontade
que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um litro de sorvete bem cremoso e
saborear em casa com direito a repetir quantas
vezes a gente quiser, sem pensar em calorias,
boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que
tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias
porções, de aventuras meia-boca,
de prazeres pela metade. A gente
sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento,
mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual,
mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres
continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho
demorado, mas se contém pra não
desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos
mais novo, mas tem medo
de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar
em casa vendo um DVD, esparramada
no sofá, mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação
em 'acertar', tanto empenho em passar
na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero,
politicamente correta e existencialmente
sem-graça, enquanto a gente vai
ficando melancolicamente sem tesão ...
Às vezes dá vontade de fazer
tudo 'errado', deixar de lado a régua,
o compasso, a bússola, a balança
e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente
e não estar nem aí pro que dizem e
o que pensam a nosso respeito. Recusar
prazeres incompletos e meias porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo,
uma vez se rebelou e disse uma
frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade,
mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade
e estamos aqui de passagem,
podemos (devemos?) desejar várias
bolas de sorvete, bombons de
muitos sabores, vários beijos bem
dados, a água batendo sem pressa
no corpo, o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor,
me traga: duas bolas de sorvete de
chocolate, um sofá pra eu ver
10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado
pra presente, OK ?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que
faz pra consertar o estrago.
* Leila Ferreira é uma jornalista que adora
colecionar histórias das loucuras e das manias
femininas. É autora do livro “Mulheres: Por que
Será que Elas...?”, da Editora Globo.
Escolhas... Sempre escolhas......
Esta semana, conversando com um amigo, percebemos o quanto deixamos de lado nossos sonhos. Por vezes por causas nobres; por outras, por questões que, bem, poderiam ser postergadas em prol dos nossos objetivos.
E por que o tema? A questão é: quando haverá tempo para que possamos verdadeiramente existir - dentro ou fora da relação? Porque nos permitimos encolher, emburrecer, deixar de ser?
Isso! Estou falando do mais básico - da razão fundamental - de estarmos aqui: Existir. Ser. Acontecer...
E, se o tempo passa, com ele passa também a vida e tudo o que fazemos ou não fazemos - até mesmo a mistura que criamos quando incorporamos o que não é nosso, deixamos de estar presentes... (e isso pode ser tudo ou nada... aquele mau humor que não nos pertence, aquela tristeza que não é nossa, aquela vontade de morrer que não compartilhamos etc, etc...).
Outras esferas
E tem mais: se nos comportamos dessa maneira na relação amorosa, deixamo-nos também contaminar nas relações familiares, naquele grupo de amigos, na organização, no clube, de qualquer segmento que nos destaca do todo.
E então vamos passar a viver só! Não vamos mais participar de qualquer grupo social, profissional ou familiar???? Não! A questão, lembre-se, é: Como continuar a existir dentro ou fora da relação?
Conjunto
Somos, afinal, especiais enquanto pertencemos... E, nesse sentido, contribuímos para que o outro, a organização, o grupo como um todo tenha alma, visão, missão... Tenha um motivo de existência. Participamos da construção de diferentes sonhos e isso também nos faz melhor.
Ajudamos nossos companheiros, familiares, amigos ou empregadores a construir seus sonhos. Interferimos na construção da sua missão do significado de sua existência. Viabilizamos a visão, ou seja, tudo o que é possível. Absorvemos seus valores ou melhor, nos identificamos ou até mesmo nos associamos a estes e dessa forma, tocamos nosso dia-a-dia.
No centro dos sonhos
Às vezes mais perto, às vezes milhas e milhas distantes do nosso centro... E, se é assim com todos, por que para alguns é mais fácil manter-se no eixo, na essência, no ser? Por que alguns respondem melhor a questão acima?
Realmente, acredito que não seja fácil para ninguém manter-se no centro, em si mesmo, no sonho. Os atalhos estão aí e, sem perceber, escolhemos um ou outro ao longo da vida. E estes, com certeza, nos tiram do foco. E não só os atalhos nos distraem - nos deparamos com situações todo o tempo, com algo que gostamos muito - um jardim, uma flor, uma relação, um novo emprego etc., etc... Ou que não gostamos - um dia de chuva, um carro quebrado, um atraso, um desencontro, etc, etc...
E, como Alice no País das Maravilhas, ora tomamos uma ou outra direção - nos esquivamos, paralisamos ou vamos em frente e, sem perceber ou compreender bem, deixamos de saber para onde estamos indo. Onde de fato queremos chegar. O que queremos ser - qual era mesmo o sonho?
E, então, para aqueles todos que não sabem onde estão, para onde vão ou onde querem chegar, o problema é: não há qualquer possibilidade de reencontrar-se, a não ser com forte trabalho de autoconhecimento, meditação, autotransformação. Tudo o que nos remete para dentro, para o que conta, para o que viemos... Escolhas... Sempre escolhas!
Sandra Maia
Sandra Maia é autora dos livros: Eu Faço Tudo por Você - Histórias e relacionamentos co-dependentes e Você Está Disponível? Um caminho para o amor pleno.
Encoxada
Ps. este amigo é um ótimo cozinheiro mas curte as boas coisas da vida também rsrrsrs.
bjssssssssss
Doce mulher.
Encoxada
Jantar com o bofe
beijusssssss Doce mulher
JANTAR COM O BOFE
Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas.
O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres.
Acho importante que eles saibam O que se passa nos bastidores.
Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer.
Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar.
Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo 'Vamos jantar amanhã?'.
Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: 'Claro, vamos sim'.
Começou o inferno na Terra.
Foi dada a largada.
Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá.
Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisseia.
Evidentemente, você também para de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda.
Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo.
Muito saudável.
Primeira coisa: fazer mãos e pés.
Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto?
Mãos e pés tem que estar feitos - e lá se vai uma hora do seu dia.
Vocês (homens) devem estar se perguntando 'Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?'
Lei de Murphy. Sempre dá merda.
Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito!
Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon!
Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato?
Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão é pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino.
OBS: Isso me emputece.
Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde?
Na porra do pé!
Isso é coisa de... Melhor mudar de assunto...
As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc.
Eu não faço, mas conheço quem faça.
Ah sim, já ia esquecendo.
Tem a depilação.
Essa os homens não podem nem contestar.
Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar?
Lá vai você depilar perna, axila, virilha, sobrancelha etc, etc.
Tem mulher que depila até o cu!
Mulher sofre!
E lá se vai mais uma hora do seu dia.
E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem.
Dia seguinte.
É hoje seu grande dia.
Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão.
Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar).
Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente.
Surge aquele dilema da roupa.
Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos.
Se te serve de consolo, ele não vai perceber.
Alias, ele não vai perceber nada.
Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz.
Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê).
Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'.
Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem.
Escolhida a roupa, com a resignação que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho.
Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem.
Nessa etapa eu perco muito tempo.
Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel.
Depois vem a hora de se vestir.
Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda.
É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte...PORCA!
Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece.
Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um cu.
Se for um desses dias em que seu corpo está um cu e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa gritando 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA'.
O chato é ter que refazer a maquiagem.
E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você?
Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo.
Se espirrar a calça perfura o pâncreas.
Ok, você achou uma roupa que ficou boa.
Vem o dilema da lingerie.
Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável.
Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo.
Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foooda'. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento. Aí você começa a pensar 'E se mesmo sem dar para ele,ele pode acabar vendo a minha calcinha...
Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'. Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda.
Melhor prevenir.
Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável.
Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável.
FATO: Lei de Murphy impera.
Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto.
Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino.
Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um 'Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar!
Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção.
Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!.
Porque eu não dei o sapato?
Porra... me custou muito caro.
Posso não usá-lo, mas quero tê-lo.
Eu sei, eu sei, materialista do cacete.
Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito coco para ver se evoluo espiritualmente!
Mas por hora,o sapato fica.
Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo 'será que dou para ele?
É o terceiro encontro, talvez eu deva dar...'começa a bater a ansiedade.
Cada uma lida de um jeito.
Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir.
Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação.
Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar.
Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro?
'Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?'.
Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muito grave!
Eu fico puta, puta, PUTA da vida!
Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada.
Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até
porque, a essas alturas, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar! NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, GRAVE! DO TIPO...MORRER A MÃE OU O PAI TER UM AVC NO TRANSITO.
Supondo que ele venha.
Ele liga e diz que está chegando.
Você passa perfume, escova os dentes e vai.
Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'MMM... tá cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume, porra').
Ele nem sequer olha para a sua roupa.
Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural.
Eu não ligo, acho homem que repara muito meio viado, mas isso frustra algumas mulheres.
E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver.
Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha atochada no rego (que por sinal custou muito caro) para nada.
Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4?
Favor tirar sem rasgar.
Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão.
No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, em função do sapato de bico fino.
Quando ele conta piadas e ri eu penso
'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'.
A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética.
Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve.
Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.
Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca.
Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO.
Pois é, tudo isso custa caro.
Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos:
Roupa............... ......... ........R$ 200,00
Lingerie.... ......... ......... ......R$ 80,00
Maquiagem... ......... ......... ..R$ 50,00
Sapato...... ......... ......... ......R$ 150,00
Depilação..... ......... ......... ...R$ 50,00
Mão e pé........... ......... ........R$ 15,00
Perfume..... ......... ......... .....R$ 80,00
Pílula anticoncepcional. .........R$ 20,00
Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$ 500 para sair com um Zé Ruela.
Entendem porque eu bato o pé e digo que homem TEM QUE PAGAR O MOTEL?
A gente gasta muito mais para sair com eles do que eles com a gente!
'Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas.'
(Vinicius de Moraes)
O amor que a vida traz
O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.
Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.
E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence. Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho!
Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio.
Martha Medeiros
Amai-vos
Tocando em frente
E levo esse sorriso por que já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Nada sei.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Almir Satter
Estamos com fome de amor
O passarinho engaiolado
Dentro de uma linda gaiola vivia um passarinho.De sua vida o mínimo que se poderia dizer era que era segura e tranquila, como seguras e tranquilas são as vidas das pessoas bem casadas e dos funcionários públicos.
Era monótona, é verdade. Mas a monotonia é o preço que se paga pela segurança. Não há muito o que fazer dentro dos limites de uma gaiola, seja ela feita com arames de ferro ou de deveres.
Os sonhos aparecem, mas logo morrem, por não haver espaços para baterem suas asas. Só fica um grande buraco na alma, que cada um enche como pode. Assim, restava ao passarinho ficar pulando de um poleiro para outro, comer, beber, dormir e cantar. O seu canto era o aluguel que pagava ao seu dono pelo gozo da segurança da gaiola.
Bem se lembrava do dia em que, enganado pelo alpiste, entrou no alçapão. Alçapões são assim; tem sempre uma coisa apetitosa dentro. Do alçapão para a gaiola, o caminho foi curto, através da Ponte dos Suspiros.
Há aquele famoso poema do Guerra Junqueiro, sobre o melro, o pássaro das risadas de cristal. O velho cura, rancoroso, encontrara seu ninho e prendera seus filhotes na gaiola.
A mãe, desesperada com o destino dos filhos, e incapaz de abrir a portinha de ferro, traz no bico um galho de veneno. Meus filhos, a existência é boa só quando é livre.A liberdade é a lei. Prende-se a asa, mas a alma voa... Ó filhos, voemos pelo azul...! Comei...!
É certo que a mãe do passarinho nunca lera o poeta, pois o que ela disse ao filho, foi: Finalmente minhas orações foram respondidas. Você está seguro, pelo resto de sua vida. Nada há a temer. Não é preciso se preocupar. Acostuma-se.Cante bonito. Agora posso morrer em paz.
Do seu pequeno espaço ele olhava os outros passarinhos. Os bem-te-vis, atrás dos bichinhos; os sanhaços, entrando mamões adentro; os beija-flores com seu mágico bater de asas; os urubus nos seus vôos tranquilos da fundura do céu; as rolinhas arrulhando, fazendo amor. As pombas voando como flexas.
Ah! Os prudentes conselhos maternos não o tranquilizavam. Ele queria ser como os outros pássaros, livres...Ah! se aquela maldita porta se abrisse.
Pois não é que, para surpresa sua, um dia o seu dono a esqueceu aberta? Ele poderia agora realizar todos os seus sonhos. Estava livre, livre, livre!
Saiu. Voou para o galho mais próximo. Olhou para baixo. Puxa! Como era alto. Sentiu um pouco de tontura. Estava acostumado com o chão da gaiola, bem pertinho. Teve medo de cair.
Agachou-se no galho, para Ter mais firmeza. Viu uma outra árvore mais adiante. Teve vontade de ir até la. Perguntou-se se suas asas aguentariam. Elas não estavam acostumadas. O melhor seria não abusar, logo no primeiro dia. Agarrou-se mais firmemente ainda.
Neste momento um insetinho passou voando bem na frente do seu bico. Chegara a hora. Esticou o pescoço o mais que pôde, mas o insetinho não era bobo. Sumiu mostrando a língua.
Ei, você! era uma passarinha. Vamos voar juntos até o quintal do vizinho. Há uma linda pimenteira, carregadinha de pimentas vermelhas. Deliciosas. Apenas é preciso prestar atenção no gato, que anda por lá...
Só o nome gato lhe deu arrepio. Disse para a passarinha que não gostava de pimentas. A passarinha procurou outro companheiro. Ele preferiu ficar com fome.
Chegou o fim da tarde e, com ele a tristeza do crepúsculo. A noite se aproximava. Onde iria dormir? Lembrou-se do prego amigo, na parede da cozinha, onde sua gaiola ficava dependurada. Teve saudades dele.
Teria de dormir num galho de árvore, sem proteção. Gatos sobem em árvores? Eles enxergam no escuro? E era preciso não esquecer os gambás. E tinha de pensar nos meninos com seus estilingues, no dia seguinte.
Tremeu de medo. Nunca imaginaria que a liberdade fosse tão complicada. Somente podem gozar a liberdade aqueles que têm coragem. Ele não tinha. Teve saudade da gaiola. Voltou. Felizmente a porta ainda estava aberta.
Neste momento chegou o dono. Vendo a porta aberta, disse: Passarinho bobo. Não viu que a porta estava aberta. Deve estar meio cego. Pois passarinho de verdade não fica em gaiola. Gosta mesmo é de voar.
.
Canção das mulheres
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Lya Luft
A lista
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?
Oswaldo Montenegro
Amigos são músicas
Eles entram na vida da gente e deixam sinais.
Como a sonoridade do vento ao final da tarde.
Como os ataques de guitarras e metais
Presentes em cada clarão da manhã.
Olhe a pessoa que está do seu lado
E você vai descobrir , olhando fundo,
Que há uma melodia brilhando no disco do olhar.
Procure escutar...
Amigos foram compostos para serem ouvidos, sentidos, compreendidos
E interpretados. Para tocarem nossas vidas
Com a mesma força do instante em que foram criadas,
Para tocarem suas próprias vidas,
E de poderem alçar todos os vôos,
De poderem vibrar com todas as notas,
De poderem cumprir, afinal,
Todos os sentidos que a elas foi dado pelo Compositor.
Amigos são como você, com quem tenho o prazer de conviver.
Amigos são músicas, como você que tenho o prazer de ouvir.
Amigos tem que fazer o sucesso que lhes desejamos.
Mesmo que não estejam nas paradas.
Mesmo que não toquem no rádio,
Apenas no coração ! "
Anonimo.
Beijos a todos vocês que tocam sempre no meu coração.
Doce Mulher
A alegria na tristeza
Martha Medeiros
Também adoro voar...
das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas,
das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes…
tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas,
por que eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim,
por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual,
por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma pra sempre.
Clarice Lispector
Homens fazem sexo, mulheres fazem amor...
Ouvimos isso o tempo todo em todo lugar e nunca paramos para pensar em quem foi que disse isso ou se é verdade mesmo, apenas acreditamos e seguimos essa máxima.
O poder de nossas escolhas
Mudanças
VASCULHAR MINHAS GAVETAS
PORQUE SOU MULHER COMO QUALQUER UMA
Era uma vez....
Dentro deste sonho de amor e felicidade eterna não passou pela cabeça dela que talvez o príncipe nem soubesse que era príncipe, ou que ele não estivesse preparado para lidar com uma princesa mimada, cheia de vontades e por isso preferisse viver caçando com os amigos a fazer companhia para sua solidão.
Entender que a felicidade pessoal é de nossa responsabilidade não é algo fácil, embora simples, pois aprendemos a cuidar do outro, a nos adequarmos para fazer o outro feliz em detrimento de nós mesmos.
Sobre lagartas e Borboletas
E foi entre lamentações pelo ócio forçado, (cento e vinte dias por conta de uma fratura na perna), revolta contra a programação da t.v. e bate papo com amigos que me ajudam a espantar o tédio que surgiu a idéia deste blog.
Aqui quero registrar um pouco do que penso, dos meus conflitos, alegrias, perdas, ganhos e fantasias que não diferem muito do que acontece com pessoas que estão em constante transformação.
Escolhi para começar um texto de Lya Luft que tem tudo a ver com o que penso sobre a vida e como podemos escolher sermos eternamente lagartas ou sair do casulo e sermos livres como borboletas.
Doce Mulher
Lya Luft
Sobre mim
- Claudia Mei
- É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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