quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A sua crença é a sua sentença






Tenho insistido, há bastante tempo, que atraímos para nossas vidas pessoas que correspondam às nossas crenças internas, aquelas mais enraizadas em nosso subconsciente, ou seja, as que nem sempre ou não facilmente nos damos conta de que alimentamos e, principalmente, que agimos e fazemos escolhas nos baseando nelas.

Estou cada dia mais segura de que as relações que estabelecemos em cada fase de nossas vidas são atraídas e determinadas por nossas verdades pessoais, por aquilo que acreditamos ser consistente, coerente, aceitável.
 
Até aí, parece muito fácil identificarmos, então, o que é que determina tais relações. Entretanto, tanto quanto estou certa de que a nossa crença é a nossa sentença, também estou certa de que é somente com muito autoconhecimento, coragem e disponibilidade para decifrar nossos mais profundos conceitos, que poderemos conhecer nossas crenças e transformá-las.

Geralmente (eu diria até que na maioria das vezes), bem pouco ou quase nada sabemos sobre as crenças que fomos absorvendo especialmente nos primeiros 20 anos de nossas vidas. Este é um tempo em que as pessoas mais próximas de nós sempre têm algo de si mesmas para nos dar como verdade, seja através de palavras ou de atitudes. Assim, absorvemos delas o que não necessariamente é verdadeiro para nós.

Somente a partir do momento em que nos reconhecemos como adultos e inteiramente responsáveis por nossas próprias vidas (sem ficar culpando pai, mãe, destino, condição social, física ou financeira ou quem quer que seja por nossos fracassos) é que podemos encarar este amontoado de crenças e, definitivamente, começar a botar fora o que não nos serve de nada, adequar aquilo que nos convém e assumir inteiramente aquilo em que realmente acreditamos. Neste momento, podemos escolher conscientemente, propositadamente, as nossas crenças e, assim, decidir a nossa sentença.
 
Tudo isso pra dizer que o amor que você oferece, o jeito com que você o recebe e as relações que você vive têm absolutamente tudo a ver com as suas crenças sobre o que venha a ser afeto, namoro, casamento, carinho, companheirismo, fidelidade, confiança, respeito e admiração.

Não basta afirmar e reafirmar, o tempo todo, indiscriminadamente, que você quer encontrar uma pessoa para compartilhar sua vida, que você deseja que seu casamento dê certo, que tudo o que você mais quer é ser feliz no amor se, de verdade, contundentemente, você não acredita nesta possibilidade.
 
Talvez você ache que acredita; talvez você até queira mesmo acreditar; mas é preciso mais do que achar ou querer; é preciso transformar suas crenças internas. Decifrá-las, reconhecê-las, admiti-las como suas e, através de um trabalho profundo e dedicado, vomitá-las enquanto venenos e reabsorvê-las como crenças positivas, que levem você ao sucesso, à realização e à certeza absoluta de que é possível conquistar o que você deseja.

Como fazer isso? Eu gostaria muito de lhe dizer que é fácil, mas não posso; estaria mentindo. Mas posso dizer que é totalmente possível, o que talvez já seja mais do que você acredita. Você precisa iniciar um processo de auto-observação durante o máximo de tempo que conseguir. Precisa fazer isso com o coração aberto: sem se criticar nem se defender. Não se culpe e nem se absolva, apenas se observe.
 
Por exemplo: O que você realmente pensa (aquela parte mais dentro de você que você consegue ouvir) quando alguém lhe conta sobre uma relação que está dando super certo? Pensa: nossa, que legal, tomara que continue assim e que eles sejam cada dia mais felizes... ou até parece!!! Nenhuma relação dá tão certo assim... ele só pode estar exagerando ou inventando...?!?
 
Ou ainda, o que você pensa quando alguém lhe diz que muitos homens querem assumir um compromisso e que muitas mulheres não são interesseiras? Pensa: que bom que existem pessoas disponíveis e bem intencionadas! ou ah, tá... e eu sou o papai-noel...?!?

Este é um bom começo para você saber em quê realmente acredita. Porque aquela voz que você ouve bem baixinho, com som abafado, falando coisas o tempo todo dentro de você, mas que você geralmente maquia, mascara, reformula e expressa de um outro jeito, é a que melhor decifra as suas verdadeiras crenças... Preste atenção, pense nisso!!!
 
Você poderá se sentir flagrado e até envergonhado diversas vezes, como se estivesse ficando nu diante de si mesmo e enxergando crenças que nunca teve coragem de admitir que guardava aí dentro... mas somente depois de apoderar-se de cada uma delas, é que você saberá onde colocá-las: dentro ou fora de você.

Meu desejo é que você comece a acreditar - de fato - que amar e ser amado é possível. Que o primeiro passo é você quem deve dar... e que daqui por diante, você saiba: o tipo de amor que você atrai é justamente aquele que corresponde com suas crenças internas. Ou seja, o amor no qual você acreditar é o amor que você terá!

Rosana Braga



1 comentários:

Rosane T Dutra disse...

Uau! Nunca havia lido algo tão bom sobre crenças! Que confrontação eu senti nesse momento. Muito obrigada. Abraços e parabéns pelo texto!

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É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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