sexta-feira, 3 de julho de 2009

Era uma vez....

Era uma vez uma princesa encantada que vivia sonhando com um lindo príncipe encantado que chegaria montado em seu cavalo branco para salva-la do monstro da solidão.

Ela tinha certeza que quando o encontrasse o reconheceria e ele a ela e que num passe de mágica seriam felizes para sempre.
Dentro deste sonho de amor e felicidade eterna não passou pela cabeça dela que talvez o príncipe nem soubesse que era príncipe, ou que ele não estivesse preparado para lidar com uma princesa mimada, cheia de vontades e por isso preferisse viver caçando com os amigos a fazer companhia para sua solidão.

Ou que o príncipe poderia ser um tremendo pão duro e sobrasse todas as janelas do castelo para ela lavar.

Nada pode atrapalhar nossos sonhos de amor até que a realidade entre em cena.

Falar sobre desilusões, de porque as relações acabam é chover no molhado.Todo mundo já passou por isso, muito já se escreveu sobre isso. Mas e depois? O que fazer quando descobrimos que não somos quem acreditávamos, que o feliz para sempre precisa ser repensado e existir apesar de tudo?
Quando passei por isso, mais difícil do que a ausência do outro foi desembaralhar minha vida da dele, saber até onde o que eu fazia e gostava era por mim mesma ou para agrada-lo, afinal aprendi que amar é transformar duas pessoas em uma. Não sabia mais quem era aquela pessoa que entrou no conto de fadas menina e saia dele adulta.

Me senti como a Bela Adormecida deve ter se sentido ao acordar cem anos depois com a diferença de que não acordei com um beijo de amor e sim com uma estranha no espelho com filhos para criar, contas para pagar e o mais assustador de tudo responsável pelo meu feliz para sempre
Entender que a felicidade pessoal é de nossa responsabilidade não é algo fácil, embora simples, pois aprendemos a cuidar do outro, a nos adequarmos para fazer o outro feliz em detrimento de nós mesmos.

Aprender a ser responsável pela própria felicidade é o que faz com que encontremos novas facetas de nós mesmos, novas emoções, novas maneiras e possibilidades de amar.

Como diz o "rei" "É preciso saber viver"


Doce Mulher

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Claudia Mei
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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