sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eu e o espelho


Alguém muito desanimado entrou na igreja e falou com Deus: 

- "Senhor, aqui estou porque nas igrejas não há espelhos. Nunca me senti satisfeito com a minha aparência". 

Subitamente, uma folha de papel caiu aos seus pés, vinda do alto do templo. Surpreso, ele a apanhou e leu a seguinte mensagem: 

- "A feiúra é invenção dos homens e não minha. Não importa se os braços são longos ou curtos. Sua função é o desempenho do trabalho honesto. 

Não importa se as mãos são delicadas ou grosseiras. Sua função é dar e receber o bem. Não importa a aparência dos pés. Sua função é tomar o rumo do amor e humildade. Não importa se a cabeça tem ou não cabelo, mas sim os pensamentos que passam por ela. 

Não importa a cor dos olhos. O que importa é que eles vejam o valor da vida. Não importa se a boca é graciosa ou sem atrativo. O que importa são as palavras que saem dela". 

Atônito, o homem foi saindo da igreja e, na porta de vidro, viu o seu reflexo. E ali estava escrito: 

- "Veja com bons olhos seu reflexo neste vidro e lembre-se que em tudo que existe escrito sobre mim não há uma única linha dizendo que sou bonito". 

Desconheço a autoria.

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Claudia Mei
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Clarice Lispector
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